Nós também...
...vamos de férias.
Modestas. Muito mais que as do nosso primeiro. Merecidas. Como são sempre as nossas.
Até ao regresso!
As férias...
...do Zé
Fado vadio a duas vozes: O Lavador do Rio e Fadista
Há dias encontrei o Zé, filho do ti Rafael, e sobrinho do Columbano.
Uma verdadeira figura lá da terra. Não há quem o não conheça!
Ainda não tinha eu terminado o diplomático —Olá, pá! Então que é feito? Há tempo que não te via!, já o Zé começava a debitar as suas façanhas!
Muito boa pessoa. Mas daqueles que tem o condão de transformar potenciais diálogos, em monólogos de horas!... Acho-lhe graça. Ouço-o. Admiro-o. Para meu gáudio? Talvez!
Qualquer situação referida em conversa onde esteja, para ilustrar, tem sempre uma história muito parecida passada consigo. Se lhe abonar em favor, claro. Para as outras, começa sempre por deixar bem esclarecido: «Eh pá... eu tenho um amigo que também lhe aconteceu o mesmo...»
E admiro-o também, de sobremaneira, pela sua prodigiosa memória -apenas comparável à que uma namorada tem para os factos mais negativos-. Nem que passada há mais de duas décadas, qualquer história contada por si tem precisão e detalhe fotográficos. Da cor das calças que vestia naquele dia, à hora da façanha, passando pelo rigoroso reconstituir das falas das personagens que a história que conta comporta. Está tudo lá!
A história, contada pelo Zé, leva-nos como que a entrar num filme. Não sei se pelo rigor e detalhe das descrições –qual plasma-, se por achar que tudo aquilo não passa de ficção. Mas entretém.
A interacção maior que se consegue com o filho do talentoso ti Rafael, é o esboçar de um sorriso e o “hum, hum” que acompanha o aceno de cabeça. De quando em vez, e aproveitando bem uma abertura de flanco, poderei, no máximo, conseguir dizer um exacto, claro, pois, sim... De preferência, monossílabos. Reduz-se o risco de começar a falar por cima do que dizemos. Vão por mim. Já são muitos anos!
A grande história do Zé, desta vez, era sobre as suas férias. Magníficas. Com o alto patrocínio de um banco português. Destino? Cuba. —Lugar bonito, boas gentes!, afiançava.
—Percorri toda a zona turística e histórica, ao volante de um carro da década de 50, sem ar condicionado. Daqueles que agente vê nos filmes. Tázaver? —Hum hum!, respondi, enquanto pensava para com os meus botões: pela boa disposição, o ar condicionado não te fez tanta falta, como naquele dia de Julho em que o teu patrão te pediu para ires a Silves na carrinha sem o dito, e armaste um pé-de-vento, que só visto. Nada que o facto de estar em Cuba de férias não ajude a suportar!
A partir daqui, fui transportado para a história do Zé. Assisti ao filme que, empolgadamente, com performance digna de actor de teatro, debitava.
Não possuindo eu o talento do Zé, apenas posso fazer um mix entre o que ele contava e o que eu, ao mesmo tempo, ia pensando. A história das férias do Zé, foi qualquer coisa, como:
Eh pá, tive lá 15 dias, em grande nível, mas com um sabor amargo de não ver ninguém conhecido, que depois pudesse confirmar a minha histórica e verídica visita a Cuba. Regressei e, nas chegadas da Portela, encontrei um colega de copos que estava à espera do primo que regressava num voo da Madeira... "De donde vens?", perguntou-me o gajo. "De Cuba". Fiquei feliz por alguém poder caucionar a minha história das férias em terras de Fidel. Atiro-lhe com um puro para as mãos. “Aqui tá a prova, pá!”
Satisfeito, mas com pouco dinheiro, e com mais uns dias de férias para gozar, decidi pedir mais um patrocínio ao banco. Fui para o Algarve.
Chegado lá, “hotel de 5 estrelas com ele!”, Local? Marina de Vilamoura. Muita gente conhecida, e muita mulher bonita. Houve logo uma estrangeira linda que me pediu para lhe pôr creme. Pensei logo: “Isto agora é que é Verão! Sempre a marchar, como as botas da tropa!". Houve um amigo meu que, numa cena destas, apanhou um ganda melão. É que apareceu lá o cámone e o gajo teve problemas que nem queiras saber!
Foi uma semana louca. Ai se foi!... Vi lá um jogador da bola à porrada e tudo!
Voltei para a minha santa terrinha teso. Ainda faltava uma semana de férias para gozar.
Quem cá estava? A Charlotte. Uma emigranta franciú. Fiquei muito contente por vê-la por cá!... Nesse dia à noite, até vimos o noticiário juntos. Já nem sabia a quantas andava... de notícias, claro! O Irão vai ter bombas atómicas, morreu o pai do euro, o avião espacial está no espaço, atentados em Londres, um tufão limpou a vida a 15 pessoas... Nada de especial. O que me preocupou e atormentou a alma, foi a derrota do glorioso contra a senhora velha por 2-0. Fiquei abalado. É que, senão ganhamos à velha, como é que nos vamos a 11 gajos novos?
No final das notícias, pergunta-me ela: "Mário Soares é filho, ou neto do Mário Soares que foi Presidente de Portugal e antigo emigrante lá na França, assim como o George Bush e o George W. Bush?" Até fiquei na dúvida, mas julgo que é o mesmo, respondi-lhe. É que isso da política, não me diz muito. Um gajo vai lá votar, mas eles querem é tacho!
Dei duas trombadas na cerveja e lixei-me para isso... fiquei foi a matutar na derrota do Benfica.
Não bastava isso, ainda tive de aturar o senhorio, a dizer que a renda estava em atraso e não sei que mais...
E o banco? Agora quer que eu comece a pagar as prestações das férias. Fiquei chateado com a situação. Ainda mal cabo de voltar e não tenho posses...
O que vale é que só em Janeiro é que me começam a cobrar as 120 prestações do carro que comprei esta semana.
Egoísta...
...cada vez mais, tenho a sensação que sou um.
Desde que me conheço, que sempre fui habituado a conviver com pessoas interessantes, com as quais muito aprendi.
Não falo apenas de pessoas letradas e de canudo pendurado em santuário caseiro. Também dessas.
Mas ainda das outras. Daquelas que assinavam de cruz ou com o indicador direiro. Ou das que tinham a quarta classe.
Com todas, aprendi. Muito. Excelentes professores.
Ganhei o hábito de aprender. Gosto de aprender. Quero aprender mais!
Acho que me tornei egoísta.
Não é que não goste de ensinar o pouco que sei. Ou que saiba muito.
Raramente encontro as tais pessoas...
Acho graça...
...a certas coisas. Mas não devia.
A SIC lança o repto: «Num momento em que todo o país está em seca extrema, poupar água já não é apenas uma obrigação das autoridades - é um dever cívico de todos nós. Se conhece algum caso de sistemática má utilização de água - como regas públicas a meio do dia ou fugas que nunca são reparadas - ou exemplos de poupança, envie-nos a informação ou mesmo fotografias ou material vídeo para o endereço de correio electrónico agua@sic.pt. Esses registos serão seleccionados e publicados aqui e terão também espaço na antena dos jornais da SIC e da SIC Notícias.»
Numa primeira abordagem, não discuto o mérito do desafio lançado aos telespectadores. -Do ponto de vista do marketing, então, até nem está nada mal conseguido!-
Meritória, corajosa e plena de sentido cívico. Assim se pode, de forma superficial, caracterizar esta atitude da estação de Carnaxide e dos seus telespectadores que correspondem ao desafio.
Mas, já agora, gostaria de deixar uma pergunta a quem remeteu, está a remeter ou tenciona remeter os casos de desperdício de água que testenunha:
- Antes de remeter o seu caso para a SIC, notificou as entidades competentes -Junta de Freguesia, Câmara Municipal, e/ou outras-?
Pois... bem me parecia!
Mais algumas considerações avulsas, ao correr da pena:
- Estes casos são enviados para a SIC por sentido cívico, ou, na secreta esperança de, no café da terra, vir a contar aos amigos que o vídeo/foto que enviou acabou de passar?
- Depois de enviar a sua foto para a SIC, que noticiário passarão a ver, até que a rúbrica termine? E os amigos, a quem se contou ter enviado as fotos?
- Poderão estas denúncias ser um palco para alguns dos que, recusando-se a participar no "Big Brother", estariam dispostos a participar num qualquer "O Bar da TV" -por uma boa razão, como o desperdício de água, obviamente!-?
- Não é na silly season que os órgãos de comunicação social têm tanta falta de actualidade política, económica..., como o país tem de água?
- Não será um modo de o cidadão consciente dos seus deveres, evitar de incorrer no plebeísmo do: "Um dia destes, ainda telefono para a TVI" -upssss... SIC, queria antes dizer!-?
Muita coisa será, e inúmeras relexões e questões se poderiam levantar. Não só de marketing, mas também outras, relacionadas com sociologia e, particularmente, com sociologia da comunicação.
Para além de tudo isto, uma coisa primária me parece certa e preocupante: as pessoas acreditam mais no poder da televisão, para resolução dos seus problemas, do que nos representantes que elegeram.
Agora, o verdadeiro problema: têm quase sempre razão.
Michel...
...tu vas tomber!
Nunca pensei, mas já tenho saudades! Quando vim para a cidade-estado, cheguei a dar graças por me ver livre da peste -julguei-!
Agora, volvidos uns anos, tenho saudades do mês de Agosto. Mas não de um Agosto qualquer!
Do mês de Agosto de Ourém. Incomparável ao Agosto de qualquer outro sítio do nosso Portugal!
A chegada dos emigrantes para as vacanças au Portugal muda a vida de todos. Nem vale a pena ver as repetitivas reportagens que as televisões têm por hábito fazer nesta altura do ano, em povoações que triplicam a população, a média de idades baixa 50%, o número de carros na aldeia aumenta 99%... blá, blá, blá! Blá, blá, blá!...
Ourém é diferente!
Do Ourém da Freixianda, ao de Caxarias, passando pelo de Seiça, até chegar ao Ourém de Fátima e Espite. Todos eles são o mesmo Ourém, e não apenas à quinta-feira, quando se juntam no burgo!
Ainda o Manel Champigny -como lhe chamam- não se apeou do Mercedes novo que traz este ano, já a irmã mais nova -que nunca deu o salto para França- espreita à esquina e grita para a o filho mais, ainda puto:
- Oh Belarmino, anda cá depressa!
Lá vem o puto a correr, de tronco nu e enfiado nos calções que, no Verão passado, eram do primo Michel -enquanto resmunga, entre dentes, por não poder continuar a atirar à passarada-.
Chega junto à mãe, que lhe coloca o braço por cima do ombro, num Agosto abrasador, e lhe diz:
- Vá lá! Dá um beijinho ao tio da França!
Mal sabia o desgraçado que teria de gramar, não um, mas quatro beijaços de cada um. Quatro do tio da França, mais quatro da tia da França e outros quatro de cada primo. Feitas as contas, mais de 20 beijaças de uma assentada só.
Lá vem a aldeia toda a ver o Manel que foi para a França há 35 anos, a salto -bem visto-, no porta-bagagens de um Vauxhall com uma mala de cartão, qual Linda de Suza.
Os filhos e os netos já se passeiam pela aldeia a cumprimentar a malta e a combinar encontro no café para depois de jantar. Uns, para uma cartada e uns copos de palhete; os mais novos para uma saída até à discô, ou a fazer o programa para não falharem uma festa que seja, onde, o que não falta para o bailarico -pelo menos- são as emigrantas! Nem as moças da terra, claro está!
A casa do Manel, de paredes forradas a azulejo e telhado preto com inclinação para a neve -tipo alpino-, conhece, por um mês, a luz do dia e o ar puro dos pinheiros.
Na garagem, onde estaciona o Mercedes topo de gama que trouxe este ano -muito melhor que o do Esquim que mora ao lado e, na França, trabalha com os camions da pubela-, está o assador das sardinhas, feito de uma metade de bidon, onde ainda se consegue ler de lado: "Petrogal".
Por entre a euforia do chegar -de uns- e do receber -de outros- lá se ouve o clássico:
- Atention Michel, tu vas tomber! Fait atention!
O puto cai.
- Eu não te avisei? 'Tava mesmo a ver que caías ca'tromba no chão, cachopo dum...
Indiferente a tudo isto, o mais velho, lá vai contando aos primos cá de Portugal quanto ganha na França -nas obras. "Mas é só por um tempo, enquanto não vou para chefe dum magasin"! Assegura- enquanto se exibe, contando a performance do Renault 5 GT Turbo de '89.
- De Paris até Vilar Formoso, foi sempre a mais de 200 à hora, mas depois, com estas estradas de merda que vocês têm aqui em Portugal... Lá em cima não é nada assim, hã! -Garante-.
Na sala, ainda a cheirar a mofo, a tia da França lamenta à cunhada -enquanto comem a casse croûte-:
-Ainda hoje é Mardi... Saudosa das sardinhas que, religiosamente, todas as quintas-feiras compra no marché de Ourém.
O mercado das quintas-feiras... esse ex-libris!
Ah... as saudades -salvo-seja- que tenho de sair da aldeia para ir ao burgo trabalhar. Mal chegava ao Lagarinho, começava a fila. Uma vez em Ourém, era a embouteillage completa. Estacionar? Mil vezes pior que aqui na cidade-estado. Como eles dizem: "Não há, nem uma praça para parar o carro!" Ir ao banco? Impossível!
Justificava a ABC Rádio ter um serviço de informação de trânsito. Melo, à confiança! Das 7 da manhã ao meio-dia, era dizer que as entradas pela estrada de Caxarias, do Lagarinho, de Pêras Ruivas, Vilar, Leiria, Gondemaria, e por aí fora, estavam congestionadas e que em Ourém não se conseguia circular.
Mas voltando à feira das quintas, é vê-los comprar. Sobretudo, as saudosas sardinhas. Mas, muito mais interessante que vê-los, é ouvi-los, entre sucessivos sopros! "A oui, se tu queres, hã!", "Bien sur", "Vite", "Oh non!" são algumas das pérolas que se podem ouvir. Destaque para a mistura do francês com a língua de Camões. Emigrante oureense que é emigrante, tem de misturar as duas línguas e, quando conveniente, falar apenas em francês na invicta certeza de que ninguém mais os compreende. Deixem-nos continuar a pensar assim! Está-lhes nos génes. É como fazer comparações como: "Lá em França as autorutes são muito mais boas, hã! E até podemos andar com muito mais vitesse! Ah oui, hã!"
Coisas como estas, e muitas outras, a mim, dão-me uma certa urticária, e, por isso, rejubilei quando vim para a cidade-estado. Quanto mais não seja, porque ouço, vejo e sinto isto muito menos vezes.
Mas... a coisa não é assim tão linear. Não porque também os tenha aqui. Tenho é -mais vezes do que gostava- a impressão que aqui é quase sempre Agosto! Diferente, certamente, mas muito parecido! Coisa para dizer que cada qual à sua maneira!
Venham de lá os emigrantes de Ourém! Sejam bem vindos! A todos, um abraço!
"-Oh mãe, quantos dias faltam até ser Setembro?", pergunta o Belarmino.
Letra de fado
Fado vadio enviado por "O Fadista da Ajuda"
Caros amigos, eu, o Fadista da Ajuda, resolvi descer a calçada dos encantos e cantar para todos vós.
O fado de hoje é dedicado ao Rio Tejo, que vê com mágoa a dança da cadeira em Belém, numa altura em que todos esquecem os maravilhosos pasteis.
Então, todos ao som de “Os meus versos” de Kátia Guerreiro - do álbum “Nas Mãos do Fado” – hoje, a afinação pode ser em Dó menor:
Rasga as candidaturas que te fazem ó Sampaio
Deita-as ao mar ou para o esquecimento
Que a cinza as cubra, que as arraste o vento
Que a tempestade as leve para onde for
Rasga-as na mente e cala-te para sempre
Nunca nos contes as senilidades
Que o Marocas te contou com tanta habilidade
Fá-lo por mim e pelo bem da sociedade
O Tejo ao lado sem poder falar
das barbaridades vividas em Belém,
das merdas que se passam e que todos sentem.
Rasga as candidaturas, pobre endoidecido,
Como se fosse o último passo dum doido varrido
Que é esse o desejo de toda a gente.
(música ao povo - entretanto comam um pastel de Belém!)
E o Tejo ao lado sem poder falar
das barbaridades vividas em Belém,
das merdas que se passam e que todos sentem.
Esquece as candidaturas, pobre endoidecido,
Como se fosse o último passo dum doido varrido.
Que é esse o desejo de toda a geeenteee!
O Fadista da Ajuda
Povo...
...que lavas no rio
Aqui fica a letra, Lavador do Rio. Apeteceu-me!
Povo que lavas no rio
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão
Há-de haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não
Fui ter à mesa redonda
Beber em malga que esconda
Um beijo de mão em mão
Era o vinho que me deste
Água pura em fruto agreste
Mas a tua vida não
Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição
Povo, povo eu te pertenço
Deste-me alturas de incenso
Mas a tua vida não
Pedro Homem de Mello
A alegria do pobre
Este fim de semana, como em muitos outros, fui sair com alguns amigos. Um jantar bem regado com vinho americano (leia-se coca-cola porque a polícia anda à caça) e muito bem vivido; depois fomos a um bar árabe beber um cházinho para ajudar à digestão...
Qual não foi o meu espanto, quando, de repente, aparece por lá uma moçoila a dançar a dança do ventre... Fiquei ma-ra-vi-lha-do!!! A rapariga tinha cá uma habilidade... muito bons atributos, sim senhor! Qualquer homem gostava de ter direito a uma dança daquelas antes de começar a dormir! Isso era uma festa todas as noites! Qualquer um de nós na mesa, apreciámos muito o esforço da moça na sua movimentação de anca... Nem os meus olhos conseguiam acompanhar tamanha habilidade! (ainda não sei se terei de ir esta semana ao oftalmologista!)
A moçoila, lá na terra dela, devia de ser conhecida como a "batedeira", porque, aquilo a mexer as ancas batia, de certeza absoluta, claras em castelo! Valia uns bons camelos! De futuro... quando me casar, mulher minha tem de aprender a dançar a dança do ventre! É que sou muito guloso!
Dá um pobre 5 euros, mas fica muito satisfeito!
O Lavador do Rio
Bem-haja...
...estimado Lavador do Rio, pelos assíduos fados vadios!
De tanto fadinho, de inspirada letra e cristalina voz, esta tasca ainda corre o risco de o ver partir, convidado para fadista residente de uma tasca de melhor fama!
Esta, está sempre de porta aberta a todo o tipo de fados e guitarradas!
Desgarradas, fados vadios... aguardamos p'las vossas performances!
Os fados aqui cantados, são da inteira responsabilidade dos seus intérpretes.
Já agora, nem só de política vive o fado!
E viva Bragança!
Fado vadio enviado por "O Lavador do Rio"
Bragança está, definitivamente, de parabéns! Este fim de semana recebeu o seu primeiro voo internacional, proveniente de Paris! E não foi nenhuma aterragem de emergência! Foi num avião bimotor, com capacidade para 48 pessoas!
No fundo, isto acabou de mostrar que, se tivéssemos aeroportos regionais com uma pista de 4.000 metros, em zonas cruciais (Beja, Fátima, Tires, Guarda/Viseu) muito mais turismo teríamos por Portugal. Sobretudo de estrangeiros à procura do Portugal escondido!
Isto deixa a pensar na viabilidade da Ota, que não serve a ninguém (65 km de Lisboa!).
O meu recado: com o dinheiro do TGV e da Ota... conseguiam fazer estes mini-aeroportos que poderiam ser uma base estratégica para o desenvolvimento do turismo em zonas do interior do país.
O Lavador do Rio
O Palhaço pobre
Fado vadio enviado por "O Lavador do Rio"
A exemplo do que eu vivi intensamente na Venezuela:
Na minha meninice, havia lá um palhaço que se chamava "Popy". Era o batatinha lá do sítio. Muito famoso!
Lançou um disco, em vinil, e, como extra, vinha uma capa lá dentro que dizia: "pone el sombrero a Popy!" (coloca o chapéu ao Popy!) e eu, freneticamente, metia-lhe o chapéu! Havia dias em que eu gostava mais do chapéu laranja, outros dias gostava mais do chapéu rosa... hoje em dia, ainda tenho o disco em casa... Mas desisti de lhe meter o chapéu!
O Lavador do Rio
O avozinho
Fado vadio enviado por "O Lavador do Rio"
Há uns dias atrás, estava eu, a minha mãe e o meu avô. E, como vem sendo hábito, decidi brincar com o velho.
- Oh avozinho, porque é que não te candidatas a Presidência da República?
A minha mãe, que estava ao lado, reagiu logo... e da pior forma. Dá-me dois estalos na tromba e diz:
- Não brinques com o teu avozinho! Deixa-o em paz que ele está velho e já tem idade para ter juízo!
O Lavador do Rio