quarta-feira, junho 15, 2005

Um diálogo solto...

...que um destes dias li por aí e que não resisto partilhar:
«- Meu senhor, sois-me fiel?
- Muitas vezes, senhora. Muitas vezes!»

terça-feira, junho 14, 2005

A nossa homenagem...

...tardia, mas sentida, a três grandes portugueses: Vasco Gonçalves, Álvaro Cunhal e Eugénio de Andrade.

quinta-feira, junho 09, 2005

Ainda a propósito...

...de problemas sociais e titulares de cargos públicos/políticos, não resisto e citar Eça de Queiroz:
«- Deixa lá, padre Natário, deixa lá! - disse o abade.
- Olhe que há pobreza deveras. Por aqui há famílias, homem, mulher e cinco filhos, que dormem no chão como porcos e não comem senão ervas.
- Então que diabo querias tu que eles comessem? -exclamou o cónego Dias, lambendo os dedos depois de ter esburgado a asa do capão. - Querias que comessem peru? Cada um como quem é!
O bom abade puxou, repoltreando-se, o guardanapo para o estômago, e disse com afeto:
- A pobreza agrada a Deus Nosso Senhor.»
In.: O Crime do Padre Amaro

As intemporais verdades de Eça!
Que me diz à proposta de substituir a terminologia hierárquica da santa madre igreja por outras?

quarta-feira, junho 08, 2005

Neste início...

...de vida do blog, sinto-me perfeitamente a navegar num mar de vácuo de ideias, onde, até o criar, havia/pensava haver um turbilhão dessas desaparecidas.
Não é que o mundo que me rodeia não forneça matéria-prima de superior interesse.
Senão vejamos: o actual governo PS, que diz ter caras preocupações sociais, com as últimas medidas apresentadas, não estará, a prazo, a criar um grave problema social, amputando de morte benefícios aos titulares de cargos públicos?

sexta-feira, junho 03, 2005

Silêncio...

...que se vai cantar o fado!
Com o nervosismo de quem, pela primeira vez, pisa este palco da moda, importa, pelo menos, dar um lamiré da desafinação dos vindouros fados e guitarradas.
É um blog que apenas pretende cantar o dia-a-dia.
Esse dia-a-dia das situações que todos nós vivemos, ou que somos espectadores, e até nos arrepiamos de ver, ouvir, sentir... daquelas em que a minha saudosa avó costumava dizer, enquanto cambaleava a cabeça em sentido de reprovação: “ai filho... triste vida, negro fado...”.
E dizia-o em situações tão diversas, como quando a vizinha lhe roubava o último ramo de salsa do quintal, ou quando o Soares amnistiou as FP.

Enfim... como o fado, é um blog despretensioso.
Como o fado, será um blog de tasca, onde quem aparece canta o seu fadinho, seja ele vadio, à desgarrada, ou vá até dar em music of the world.