quinta-feira, agosto 04, 2005

Povo...

...que lavas no rio
Aqui fica a letra, Lavador do Rio. Apeteceu-me!

Povo que lavas no rio
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão
Há-de haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não

Fui ter à mesa redonda
Beber em malga que esconda
Um beijo de mão em mão
Era o vinho que me deste
Água pura em fruto agreste
Mas a tua vida não

Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição
Povo, povo eu te pertenço
Deste-me alturas de incenso
Mas a tua vida não

Pedro Homem de Mello

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Cá estou de visita. Curta porque estou de férias. Voltarei.

Curiosamente, em Junho fiz um post com este título. Era uma história real que envolvia Eugénio de Andrade (vivo) e Pedro Homem de Melo (morto). Está lá no arquivo do FF (fadofalado).

Já agora, o blog não é meu, mas do meu amigo e colega (de profissão e de empresa) JPF.
Até discordei do nome, mas não tinha alternativa melhor. E já me habituei.
A convite dele, escrevo lá eu (RPS) e outro amigo e colega nosso (JCS). Houve outros colaboradores, mas saíram.

Voltarei dentro de duas semanitas e com mais tempo.
Abraço.

8/05/2005 12:03 da manhã  
Blogger Alberto Oliveira said...

Mas a tua vida não,
não ma dês de mão beijada;
neste fado-solidão
nesta paixão desgarrada.

NOTA: Refrão para um fado perdido numa qualquer rua da Mouraria.

Bom fim de semana, Fadista!

8/05/2005 10:37 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home