segunda-feira, novembro 27, 2006

A nossa homenagem...

...a Mário Cesariny de Vasconcelos. Pintor e poeta. Surrealista maior que o surrealismo luso.
aqui e aqui lhe havíamos feito referência.
Ontem, ninguém sabia quem era. Hoje, todas as exultações. Será sempre assim?


FAZ-ME O FAVOR...

Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor -muito melhor!-
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.

Mário Cesariny

segunda-feira, novembro 06, 2006

Anos 80...

...em português. Também os houve.
O tempo era de vacances. E chovia, se Deus a dava (diria a minha avó).
Assédio óbvio para a artéria melomaníaca. Fui vasculhar. Vasculhar e encontrar e ouvir e agora não conseguir evitar de, imodestamente, partilhar um conjunto de conjuntos (terminologia da época em que os vidoclips, se chamavam telediscos!) que ouvi por estes dias.
Conjuntos, bandas, grupos (fica ao critério da idade do leitor) e intérpretes a solo que já desapareceram do espectro musical português, ou se encontram num limbo de onde teimam em não voltar.

Ei-los:
Afonsinhos do Condado
António Variações
Ban
Da Vinci
Doutores & Engenheiros
Jáfu’Mega
Jorge Palma
Lara Li
Lena d’ Água
Lx – 90
Mata-Ratos
Peste & Sida
Pilar
Pop Dell’Arte
Radar Kadafi
Rádio Macau
Ritual Tejo
Sétima Legião
Sitiados
Táxi
Trabalhadores do Comércio
Trovante
UHF
Zero

Vale a pena abrir o baú. Mais vezes. Abra também o seu!
Acho que há alturas em que me dou bem com o saudosismo. Não a doutrina.