Portugal...
...é um Brasil kitsch?
Por estes dias, e há alguns anos por esta altura, que há coisas que não compreendo: os dias que precedem a quarta-feira de cinzas e, portanto, o período da Quaresma.
Nas televisões, pivots –com cara de “porque-é-que-isto-me-calha-todos-os-anos”- desfilam desfiles de norte a sul.
O figurino é o mesmo. Invariavelmente.
Eles vestidos delas, elas a arremedar samba, os petizes vestidos de um qualquer super-herói -ou não- da moda, a floribela e mais uns quaisquer personagens de novela brasileira em cima de um reboque ornamentado, que é puxado por um tractor de um dos solícitos jovens agricultores da terra.
E a malta gosta. Faz quilómetros para ver. Paga para ver. Mas ri-se. Diverte-se. Fica feliz. Acabam-se os problemas e as lamentações diárias. É uma espécie de anestesia nacional, qual Brasil.
O ramalhete, de norte a sul, é de um Carnaval kitsch. Nada português, e brasileiro sem o ser. O Carnaval do meu país não tem identidade.
Onde moram os caretos de entrudo? Onde está a nossa identidade de Carnaval?
Já tão pouco me refiro ao sentido religioso-pagão do dito. Aos ritos milenares ada(o)ptados e que ainda hoje lhe subjazem. Nem à festa da carne e seu significado.
Apenas gostaria que tivéssemos uma identidade nessa festa religioso-pagã. Como Veneza, como o Brasil, como muitos outros.
Surpreendentemente -ou não-, o facto é que temos essa identidade. Temos, p.e. os caretos de Trás-os-Montes.
E os media interessam-se por essa tradição portuguesa? Não. Fico triste. E nós, interessamo-nos? Também não. Mais triste fico.
Mas a malta diz que assim é qu’é bom. Para o ano, mais um Carnaval com samba e muita chuva. Como no Brasil...
Por estes dias, e há alguns anos por esta altura, que há coisas que não compreendo: os dias que precedem a quarta-feira de cinzas e, portanto, o período da Quaresma.
Nas televisões, pivots –com cara de “porque-é-que-isto-me-calha-todos-os-anos”- desfilam desfiles de norte a sul.
O figurino é o mesmo. Invariavelmente.
Eles vestidos delas, elas a arremedar samba, os petizes vestidos de um qualquer super-herói -ou não- da moda, a floribela e mais uns quaisquer personagens de novela brasileira em cima de um reboque ornamentado, que é puxado por um tractor de um dos solícitos jovens agricultores da terra.
E a malta gosta. Faz quilómetros para ver. Paga para ver. Mas ri-se. Diverte-se. Fica feliz. Acabam-se os problemas e as lamentações diárias. É uma espécie de anestesia nacional, qual Brasil.
O ramalhete, de norte a sul, é de um Carnaval kitsch. Nada português, e brasileiro sem o ser. O Carnaval do meu país não tem identidade.
Onde moram os caretos de entrudo? Onde está a nossa identidade de Carnaval?
Já tão pouco me refiro ao sentido religioso-pagão do dito. Aos ritos milenares ada(o)ptados e que ainda hoje lhe subjazem. Nem à festa da carne e seu significado.
Apenas gostaria que tivéssemos uma identidade nessa festa religioso-pagã. Como Veneza, como o Brasil, como muitos outros.
Surpreendentemente -ou não-, o facto é que temos essa identidade. Temos, p.e. os caretos de Trás-os-Montes.
E os media interessam-se por essa tradição portuguesa? Não. Fico triste. E nós, interessamo-nos? Também não. Mais triste fico.
Mas a malta diz que assim é qu’é bom. Para o ano, mais um Carnaval com samba e muita chuva. Como no Brasil...