Os votos...
...agora são outros.
As linhas aqui rabiscadas são ralas. São-no, diria, na inversa medida dos meus espantos.
Acompanho com interesse o debate que se faz a propósito do referendo do próximo dia 11 de Fevereiro.
Fico espantado. Boquiaberto. Aturdido. Desiludido.
Nunca vi e ouvi tanta gente, por quem me acostumei a ter apreço, estima e consideração, a dizer tanta enormidade.
Achaque este, todavia, democrático. Tanto afecta o “sim” como o “não”.
Será que, por uma só vez que seja, não se consegue levar por diante um debate elevado, objectivo e esclarecedor?
Temo que não. Temos que, por isso, muitos votos fiquem na algibeira. Temo que muitos pensem que, apanhar frio por apanhar, mais vale sair de casa para ver o desfilar os entrudos.
Temo que estejamos, uma vez mais, a dar um valente passo para nos destacarmos no pelotão da frente para o tão invejado carnaval e futebol.
Fátima e fado, esses, já estão démodé.
As linhas aqui rabiscadas são ralas. São-no, diria, na inversa medida dos meus espantos.
Acompanho com interesse o debate que se faz a propósito do referendo do próximo dia 11 de Fevereiro.
Fico espantado. Boquiaberto. Aturdido. Desiludido.
Nunca vi e ouvi tanta gente, por quem me acostumei a ter apreço, estima e consideração, a dizer tanta enormidade.
Achaque este, todavia, democrático. Tanto afecta o “sim” como o “não”.
Será que, por uma só vez que seja, não se consegue levar por diante um debate elevado, objectivo e esclarecedor?
Temo que não. Temos que, por isso, muitos votos fiquem na algibeira. Temo que muitos pensem que, apanhar frio por apanhar, mais vale sair de casa para ver o desfilar os entrudos.
Temo que estejamos, uma vez mais, a dar um valente passo para nos destacarmos no pelotão da frente para o tão invejado carnaval e futebol.
Fátima e fado, esses, já estão démodé.
2 Comments:
A cada dia que passa aumenta a minha sensação de que toda esta discussão se está a transformar num grandioso debate político: de um lado os "NÃOs", do outro os "SIMs" que tentam recolher o máximo numero de votos apelando à consciência de voto, às "vantagens" e "desvantagens" das duas únicas opções, as acusações mútuas baseadas em moralidades do tempo da Maria Cachuxa. Tudo isto desumaniza uma discussão importantíssima que poderá salvar muitas vidas, sejam eles fetos ou mulheres que se entregam às mãos de carniceiros todos os anos.
Caro Inconformado,
como aqui (http://mrsleeves.blogspot.com/) diz um bom e velho amigo, «Para já, o único aborto a que definitivamente digo sim, é à gravidês que tenho nos ouvidos.»
Infelizmente, "Sim's" e "Não's" em pouco ou nada diferem.
Informar e esclarecer o cidadão, fica depois...
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